segunda-feira, 1 de outubro de 2007

As Crianças Índigo e Cristal

Paulo Mattos

É indiscutível que, ao longo da história da humanidade neste mundo, eras se sucederam, gerações sucederam gerações e, dessa forma, o progresso veio se estabelecendo gradualmente. A cada era que o mundo atravessava, novas gerações vinham caracterizando o cenário de desenvolvimento em todos os setores da vida e proporcionando novas idéias, novos paradigmas culturais e novos avanços na área tecnológica, científica, filosófica e, até mesmo, no campo da religião. Foi assim há milhares de anos atrás, quando espécies de hominídios mais primitivas foram sucedidas pela espécie Homo-sapiens – nossa espécie pensante, ou seja, o ser humano como hoje conhecemos. Assim também foi, mais recentemente na história, quando o período medieval, das trevas da ignorância, foi sucedido por um período de grandes pensadores, que promoveram os avanços científicos, como, também, de muitos artistas talentosos que, através da arte “quebraram” padrões psicológicos arcaicos até então vigentes na sociedade.

A partir das décadas de 1970 e 1980, pedagogos, psicoterapeutas e estudiosos do comportamento infantil vieram percebendo mudanças significativas no comportamento de diversas crianças em todo o mundo. Crianças com características diferentes das crianças que nasciam em décadas anteriores, crianças que pareciam não se encaixarem em nenhum sistema de classificação comportamental. Crianças que não se adaptam aos métodos pedagógicos convencionais mais antigos, que apresentam uma estranha inquietação no pensar e no agir, uma sensibilidade mais apurada nas emoções e na sua espiritualidade, crianças muitas vezes rebeldes e revolucionárias. São as chamadas crianças índigo. Foram denominadas assim, devido ao fato de alguns sensitivos perceberem que todas elas possuem uma aura com uma irradiação de tonalidade azul índigo em torno de si.

Como a presença em massa de crianças e jovens com estas características é um acontecimento mais recente e pelo fato de muitos médicos, psiquiatras e psicólogos não estarem acompanhando, ao longo dessas últimas três décadas, a evolução da humanidade como deveriam, acabaram – por não saberem de que outra maneira enquadrá-los – classificando-as como patologicamente portadoras de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou, então, como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), pois que, tanto em casa como, principalmente, na escola não são fáceis de se lidar e, também, apresentam uma certa dificuldade de concentração nas aulas, muitas vezes, obtendo péssimas notas em seu boletim escolar. Assim sendo, houve um alto índice de prescrições médicas para o uso do medicamento Ritalina (também conhecido como a “droga da obediência”), pois esta droga, atuando no sistema nervoso, causa uma “tranquilização” maior. Infelizmente muitas confusões estão sendo feitas, porque os índigo não possuem estes distúrbios do comportamento – o que não significa que não existam crianças com essas necessidades – elas apenas apresentam comportamentos incomuns, até mesmo para a medicina.

O que, em realidade, elas precisam é de compreensão e apoio – principalmente dos pais – e, principalmente, uma abertura na mente social para que novos paradigmas possam surgir, na educação, na saúde e na família, para que, dessa forma, elas consigam desempenhar mais facilmente o papel que lhes cabe. Têm na alma o impulso de transformar, seja dentro de casa, na escola ou na sociedade como um todo.

Os especialistas e estudiosos deste tema tão interessante dividiram quatro grupos ou categorias distintas, levando em conta as principais características dos seres índigo. Dessa forma, existem os índigo Humanistas, os Artistas, os Conceituais e os Interdimensionais. As crianças Humanistas foram chamadas assim por apresentarem uma natural tendência à solidariedade e à ajuda espontânea. Gostam de se relacionar com as pessoas, muitas vezes, dando verdadeiros exemplos à sociedade. As Artistas, como o próprio nome já indica, têm íntima afinidade e facilidade com a expressão artística, geralmente manifestando grandes dons na pintura, no desenho, na música, etc. Já as chamadas de Conceituais se interessam mais e têm mais facilidades com coisas técnicas, conceitos, cálculos, etc. Geralmente não gostam muito de se relacionar com a sociedade. E os índigo denominados de Interdimensionais são chamados assim, porque, desde tenra idade conseguem perceber claramente coisas que se encontram em dimensões diferentes da dimensão material. Podem ver o campo áurico de outras pessoas, conversar com os ”anjos”, com os espíritos e ter sonhos muito reveladores.

Mas o interessante é que, crianças ainda mais especiais estão nascendo em grande quantidade atualmente no mundo. Digo mais especiais, pois se destacam claramente pelo seu desenvolvimento espiritual e intelectual. Não apresentam os mesmos graus de inquietação e rebeldia, que são comuns nos índigo, mas, ao contrário, geralmente são tranqüilas, pacíficas, meigas e amorosas, o que as destoa de muitas outras crianças com quem convivem. Essas crianças foram denominadas de crianças Cristal e não é difícil de saber o motivo desse nome. Possuem em tono de si uma radiação áurica de tonalidades cristalinas, alvinitentes, o que indica alto grau de evolução.

Vieram desempenhar uma bela missão, o que tem relação com a promoção da espiritualização da humanidade e a cada dia mais, mais se torna comum o nascimento de seres com estas características, afinal o mundo necessita progredir. Cabe, com isso, aos adultos, renovarem os pensamentos e as idéias para melhor receber e criar com mais qualidade esses seres que estão chegando diariamente, pois, se não, terão muita dificuldade de lidar com as crianças e jovens com as características mencionadas anteriormente.

É, porém, muito importante que todos saibam que, tanto índigo como cristal é um estado da Alma e não um privilégio na Criação Divina. Portanto, podendo todos virem a se tornar índigo e cristal um dia. Esse é o futuro da espécie humana – seres cada vez mais auto-iluminados e que concretizam o verdadeiro desenvolvimento na Terra, o desenvolvimento que é baseado no bem, na paz, na iluminação interna. Muitos já estão nesta transição evolutiva e essa onda tende a se propagar muito mais.

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Paulo Mattos, é terapeuta, graduando em Naturologia Aplicada pela UNISUL, orador e escritor.
Reside em Florianópolis/SC.
E-mail: pgmattos@yahoo.com.br

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