quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Cuidado com a propaganda enganosa

Por João Luiz Araujo

No primeiro encontro um simples olhar, uma palavra, um gesto, uma opinião, uma afinidade, são tantas as razões que nos levam a gostar de alguém.

Relacionamentos são assim, começam as vezes quando menos esperamos. São mais interessantes do que quando estamos desesperadamente procurando alguém que nos faça feliz. Costuma-se dizer que não somos nós quem escolhemos o amor, mas o amor que nos escolhe.

A paixão, o encantamento que surge desse encontro transforma nossa vida, dá mais brilho, traz uma motivação mágica, tudo fica mais bonito. E esse estado pode durar por muito tempo, depende de cada um, do quanto estão dispostos a serem eles mesmos.

É muito difícil mostrar os próprios defeitos para o outro, é um risco muito grande perder o amor da sua vida. E então vive-se a máscara do par-perfeito. Normalmente esse papel é interpretado com muito empenho durante o namoro, só perde força depois do casamento.

Se durante o namoro os dois se esforçam para esconder as próprias vontades e satisfazer as do outro, depois do casamento já se tem licença para ser você mesmo. Como se aquele contrato nupcial fosse a obrigação do outro aceitá-lo do jeito que você realmente é. Com o tal documento em mãos nos sentimos donos do outro, agora ele tem que nos engolir, já assinou o contrato diante do juiz e com testemunhas, o padre já abençoou, a sociedade presenciou e será implacável caso um dos dois ouse quebrá-lo.

Quem vencerá essa disputa? O marido machão ou a mulher dominadora? Quem vai engolir tudo quietinho fazendo de conta que a felicidade do outro é o mais importante?

Cuidado com a propaganda enganosa fingindo no namoro (ou depois de casado), ser alguém que você não é. Ah, se existisse o Código de Defesa do Casamento!

Seja primeiro honesto com você, depois com o outro. Ofereça o que você tem de melhor para o parceiro. E para o que ainda precisa melhorar peça a ajuda dele. Ninguém é melhor do que ninguém, por mais que algumas pessoas queiram fazer você se sentir inferior isso não é verdade, elas apenas estão escondendo delas mesmas os próprios defeitos por não conseguir encará-los. Aliás, defeitos são qualidades em desenvolvimento, podemos transformá-los.

Relacionamentos precisam de companheirismo, paciência, respeito. É quando olhamos para o outro realizando o seu processo de crescimento e nos dispomos a ajudá-lo. Ele jamais estará pronto. Se os romances, novelas e filmes mostrassem a vida como ela é, com certeza não teriam audiência, elas nos mostram o que no fundo sonhamos ser. Se corpos bonitos, viagens, festas e dinheiro fossem garantia de felicidade os atores e atrizes seriam as pessoas mais bem casadas do mundo. Mas, não é bem isso que vemos nas revistas de fofoca.

Podemos ter e aproveitar tudo de bom que a vida tem para oferecer. Mas o que faz a diferença mesmo é a caminhada, o quanto você cresceu, o quanto se tornou uma pessoa melhor e ajudou as outras a serem também, principalmente se essa pessoa estiver ao seu lado e for o grande amor da sua vida.

João Luiz de Araujo, é palestrante e webmaster do Guia Equilibrio.
E-mail: joao@conexaoev.com.br

A difícil arte de lidar com as perdas

Por Cecília Varejão

Quando falamos em perdas, podemos imaginar perda por “n” motivos. Hoje, vamos refletir sobre perdas afetivas por morte.

Toda forma de lidar com ela varia conforme a pessoa, não existe um programa pré-estabelecido. As reações são individuais podendo durar muito ou pouco tempo. Várias reações podem surgir desde um choque inicial, altos e baixos emocionais, descrença, negação, culpa e raiva.

Quando a perda foi muito significativa às reações podem ser mais fortes como um grande desânimo, mudanças de humor, falta de sono, indisposição, esquecimento, falta ou excesso de apetite, ressentimentos com a vida ou entes queridos.

Neste momento de dor e sofrimento evite tomar decisões importantes. Algumas pessoas quando sofrem grandes perdas tomam atitudes radicais em relação à vida, ao trabalho e a casa onde moram. Pense bem se estas mudanças o farão bem.

Conte com a ajuda de pessoas queridas, amigos que talvez tenham passado por isto também, ou profissionais da área. Seja paciente com as suas próprias reações e seu tempo de recuperação, as perdas abrem feridas que podem demorar para cicatrizarem. Seja paciente com os outros também. Neste momento seu ritmo de vida ainda não está equilibrado e assim pode se achar incomodado com o ritmo do outro.

Algumas pessoas não sabem o que dizer para consolar, compreenda que é difícil para elas lidarem com sua dor. Reflita sobre seus valores internos e externos, faça uma revisão de si mesmo. Quando sair dessa situação, sairá bem melhor e as lembranças do ente querido poderão vir com mais leveza. Opte por um ritmo de vida mais agradável. Saindo de casa, aos poucos, poderá cumprir sua rotina de trabalho e cuidar de suas responsabilidades.Busque algumas horas tranqüilas do dia em que possa chorar, desabafar, se esvaziar. Desta forma será possível perceber o que está mais profundo em si mesmo.

Respeite seu ritmo. Algumas pessoas neste período não gostam de ver fotos ou objetos do ente querido. Não há problemas, isso não quer dizer que goste menos dele. Não tenha medo do luto terminar, não é prova de desamor, é sinal de equilíbrio interior.

Tente ficar tranqüilo, perceba suas reações, conscientize-se delas, assim, irá em direção ao seu equilíbrio de forma natural e suave.

Lembre-se: falar sobre a perda ajuda muito em sua cura.

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Maria Cecília C. Varejão, é terapeuta holística.
Ministra cursos de Florais de Bach e Reiki em todos os níveis.
E-mail: mceciliavarejao@hotmail.com