quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A difícil arte de lidar com as perdas

Por Cecília Varejão

Quando falamos em perdas, podemos imaginar perda por “n” motivos. Hoje, vamos refletir sobre perdas afetivas por morte.

Toda forma de lidar com ela varia conforme a pessoa, não existe um programa pré-estabelecido. As reações são individuais podendo durar muito ou pouco tempo. Várias reações podem surgir desde um choque inicial, altos e baixos emocionais, descrença, negação, culpa e raiva.

Quando a perda foi muito significativa às reações podem ser mais fortes como um grande desânimo, mudanças de humor, falta de sono, indisposição, esquecimento, falta ou excesso de apetite, ressentimentos com a vida ou entes queridos.

Neste momento de dor e sofrimento evite tomar decisões importantes. Algumas pessoas quando sofrem grandes perdas tomam atitudes radicais em relação à vida, ao trabalho e a casa onde moram. Pense bem se estas mudanças o farão bem.

Conte com a ajuda de pessoas queridas, amigos que talvez tenham passado por isto também, ou profissionais da área. Seja paciente com as suas próprias reações e seu tempo de recuperação, as perdas abrem feridas que podem demorar para cicatrizarem. Seja paciente com os outros também. Neste momento seu ritmo de vida ainda não está equilibrado e assim pode se achar incomodado com o ritmo do outro.

Algumas pessoas não sabem o que dizer para consolar, compreenda que é difícil para elas lidarem com sua dor. Reflita sobre seus valores internos e externos, faça uma revisão de si mesmo. Quando sair dessa situação, sairá bem melhor e as lembranças do ente querido poderão vir com mais leveza. Opte por um ritmo de vida mais agradável. Saindo de casa, aos poucos, poderá cumprir sua rotina de trabalho e cuidar de suas responsabilidades.Busque algumas horas tranqüilas do dia em que possa chorar, desabafar, se esvaziar. Desta forma será possível perceber o que está mais profundo em si mesmo.

Respeite seu ritmo. Algumas pessoas neste período não gostam de ver fotos ou objetos do ente querido. Não há problemas, isso não quer dizer que goste menos dele. Não tenha medo do luto terminar, não é prova de desamor, é sinal de equilíbrio interior.

Tente ficar tranqüilo, perceba suas reações, conscientize-se delas, assim, irá em direção ao seu equilíbrio de forma natural e suave.

Lembre-se: falar sobre a perda ajuda muito em sua cura.

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Maria Cecília C. Varejão, é terapeuta holística.
Ministra cursos de Florais de Bach e Reiki em todos os níveis.
E-mail: mceciliavarejao@hotmail.com

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